O que é se virar nos 30 vivendo longe da família?

O que é se virar nos 30 vivendo longe da família?

Para começar sempre fui uma pessoa que nunca gostou de mudanças, sempre gostei de tudo planejado e sob controle. Mas assim que eu casei, além de todas as mudanças de vida junto vieram mudanças de cidade e depois de estado.

Hoje já estamos a 4 anos e meio vivendo longe da família, e confesso que no começo isso era para mim o fim do mundo. 

Chorei demais, enxergava as coisas de maneira negativa e não me abria para novas possibilidades.

Até que veio a maternidade, quando engravidei percebi um divisor de águas em minha vida, ou eu continuava a lamentar a ausência da família, ou passava a olhar a vida de maneira mais leve e positiva.

E a minha escolha foi aproveitar tudo aquilo que eu estava vivendo de forma positiva. 

Em alguns momentos vinham aqueles pensamentos que eram difíceis de lidar, como por exemplo, como posso criar meu filho longe da família? (sentimento de culpa a mil), e todos aqueles planos de carreira onde ficam agora? 

Essas são questões que fui aos poucos aprendendo a lidar, sempre focando na parte boa, como por exemplo, criar Antonio longe da família me fez aprender a me virar muito mais, além de eu poder criar a minha forma de educar sem intervenções. 

E na questão da carreira, que acabei escolhendo abandonar para seguir meu marido e cuidar de Antonio, uma coisa foi extremamente importante, entender que na vida nem sempre nossos planos saem da maneira que imaginamos, e que isso nem sempre significa algo ruim, muito pelo contrário, isso pode significar oportunidades de você fazer coisas que nunca imaginou na vida, ter experiências inesperadas. A melhor opção para isso é aceitar que tudo mudou, e conseguir associar mudanças a oportunidades.

Nunca nenhuma experiência na vida será totalmente positiva, tudo tem os dois lados e a escolha é somente nossa, de qual maneira você quer encarar isso tudo?

Confesso, eu perdi sim muito tempo lamentando, hoje mais madura acredito que poderia ter aproveitado bem mais, mas sempre é tempo. 

Beijos e até mais..